sábado, 27 de agosto de 2011

A divisão do Pará pode prejudicar a Amazônia?


A importância ecológica das florestas

 As florestas nativas são as maiores fontes de biodiversidade (as plantas, animais e micro-organismos e sua inter-relação nos ecossistemas). É dessa variedade biológica que são extraídas inúmeras matérias-primas consumidas pelo homem. Isso significa que a biodiversidade tem alto valor econômico. Por isso, o governo brasileiro vem criando inúmeras Unidades de Conservação (UC’s) para garantir a manutenção desses recursos em nosso país.

- As florestas plantadas não são diversas como as nativas. Pelo contrário, a maioria delas são monoculturas. Mesmo assim, tanto as florestas nativas quanto as plantadas oferecem inúmeros serviços ambientais:
- elas ajudam a regular o clima;
- sequestram o carbono;
- ajudam a conservar o solo;
- contribuem para a conservação dos recursos hídricos;
- auxiliam na manutenção dos ciclos de chuva (em especial a floresta amazônica).

Fonte: www.revistanovaescola.com.br



domingo, 21 de agosto de 2011

Dia do folclore

Em 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como o mês do folclore.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação".
Para que serve?
O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.
Qual a origem da palavra "folclore"?
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore".

sábado, 13 de agosto de 2011

Qual a origem do dia do estudante comemorado no dia 11 de agosto?


No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.
Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
Fonte: www.brasilescola.com / ricardoramos.3rsoft.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PMJP entrega reforma e ampliação da Escola Anayde Beiriz nesta sexta

Os estudantes da Escola Anayde Beiriz, no bairro das Indústrias, têm um motivo a mais para frequentar as aulas. A unidade escolar, situada na Avenida Cidade de Cajazeiras, s/n, Loteamento Cidade Verde, será beneficiada com mais obras da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Dentro das comemorações dos 426 anos da Capital, o prefeito Luciano Agra irá fazer a entrega da reforma e ampliação da unidade, nesta sexta-feira (12), às 9h.
Com um investimento de R$ 1.180.000,00, a PMJP construiu 10 novas salas de aula, fez manutenção e pintura, além de uma revisão em toda parte elétrica e hidráulica do prédio.
Adultos 
A Escola Anayde Beiriz atende a 1700 alunos. Desse total, 312 são da Educação de Jovens e Adultos

(EJA), 185 do Projovem e 39 são portadores de necessidades especiais. São 22 salas de aula, sala de reunião, biblioteca, auditório e laboratórios de informática e ciências.
Evento – Desde a última quarta-feira (10), a escola está sediando o I Fórum de Combate às Drogas e a Violência promovido pela PMJP, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec). As atividades acontecem até esta sexta (12). ‘Quem escolhe seu caminho é você, não às drogas’ é o tema do encontro, que conta com a participação de alunos, educadores e convidados.
Fonte: www.joaopessoa.pb.gov.br



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quem foi Anayde Beiriz?


Anayde Beiriz (João Pessoa, 18 de fevereiro de 1905 — Recife, 22 de outubro de 1930) foi uma professora e poetisa brasileira.
O seu nome está ligado à História da Paraíba, devido à tragédia em que foi envolvida, juntamente com o advogado e jornalista João Duarte Dantas, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Poetisa e professora, ela escandalizou a sociedade  da Paraíba com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, escrevia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e escrevia para os jornais.
Anayde Beiriz nasceu em 1905 em João Pessoa. Diplomou-se pela Escola Normal em 1922, com apenas 17 anos, destacando-se como primeira aluna da turma. Passou, assim, a lecionar, alfabetizando os pescadores da então vila de Cabedelo. Além de normalista, era poeta e amante das artes. Logo que se formou, passou a lecionar na colônia de pescadores perto de sua cidade natal. Em 1925, ganhou um concurso de beleza. Circulava também nos meios intelectuais, onde declarava-se publicamente a favor da liberdade e da autonomia feminina. Chamavam a atenção os seus olhos de cor negra, que lhe valeram o apelido, em seu círculo de amizades, de “a pantera dos olhos dormentes”.
Sendo uma mulher emancipada para os costumes do seu tempo, Anayde perturbou a sociedade conservadora da Paraíba nos anos 30. Ousou exprimir uma sensibilidade que chocou o modelo de moralidade prevalente: sua maneira de se vestir (o uso dos decotes), o corte dos cabelos, “à la garçonne”, que eram pintados, as suas ideias políticas (quando as mulheres não tinham sequer o direito ao voto) e a maneira de vivenciar o amor livre causaram escândalo.
Em 1928, iniciou seu romance com o deputado João Dantas, que era adversário de João Pessoa, candidato à presidência da Paraíba. Em 1930, o Brasil sofreu reviravoltas importantes. A chamada política do “café com leite” centralizava o poder entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais. O bloco político, do qual a Paraíba fazia parte, interveio nas disputas políticas, que se tornaram violentas e as questões pessoais se misturaram às questões da vida pública.
A ligação amorosa entre João Dantas e Anayde Beiriz não era bem vista pela hipocrisia social, uma vez que não eram casados. Prato feito para os inimigos políticos de João Dantas, que sob as ordens de João Pessoa, arrombaram a casa, apropriaram-se da correspondência erótica do casal e publicaram-na nos jornais da cidade. Sensual e libertária, Anayde foi duramente exposta à sociedade paraibana. O que era uma invasão de cunho político, mobilizou todo o Brasil ao ganhar o contorno de uma grande paixão, vivida às escondidas.
No dia 26 de julho, João Dantas, furioso com a publicação de suas cartas de amor, correu pela cidade atrás do mandante e ao encontrá-lo disse: “Sou João Duarte Dantas, a quem tanto injuriaste e ofendeste”. Matou com três tiros João Pessoa e logo em seguida foi preso. Este ocorrido serviu de pivô para uma convulsão nacional que sucumbiu na Revolução de 30. A morte de João Pessoa comoveu todo o Brasil, pois ele nesta época já era muito famoso, ao ter concorrido à presidência como vice de Getúlio Vargas. Em outubro daquele ano o movimento revolucionário foi deflagrado e Anayde passou a ser perseguida e apontada na rua como “a prostituta do bandido que matou o presidente.”
Ela abandona sua casa e vai morar em um abrigo na cidade de recife. Lá passa a visitar João Dantas, preso imediatamente após o crime. Este é achado morto nos primeiros dias da Revolução, supostamente por suicídio, mas em circunstâncias pouco claras. A própria Anayde é encontrada morta em 22 de outubro daquele ano, supostamente por envenenamento, sendo enterrada como indigente no cemitério de Santo Amaro, e sua memória foi renegada durante anos pelos paraibanos. Sua imagem só se tornou emblemática quando foi eleita como uma das personagens míticas da história do Brasil, pelo movimento feminista. Mas, até hoje, sua memória causa desconforto naquela região.
Quase todas as cartas do diário deixam explícitas que a grande paixão de Anayde não foi o advogado João Dantas, mas o médico paraibano, que foi morar no Rio de Janeiro, e a quem ela chamava de “Hery”. Já o nome “Panthera dos olhos dormentes” era como amigos de Anayde já a chamavam antes dela conhecer Heriberto. Eles justificavam a designação porque diziam que, em seus contos, Anayde sempre colocava uma mancha de sangue e porque ela gostava de tudo que era vermelho. Tanto que, em carta, cujo teor completo está no livro de Marcus Aranha, Anayde revelou a Heriberto Paiva: “Creem eles que eu sou trágica, que gosto desse amor que queima, dessa paixão que devora, dessa febre amorosa que mata…”.
Heriberto passou a chamá-la também de “pantera”, desde que ela lhe escreveu: “A pantera é bem humana, não é verdade, amor? Mansa, dócil, amorosa, em se tratando de ti; mas, para os outros. Eu queria poder esmagá-los, a todos… Contudo, gostei desse título de fera que eles me deram; escrevi um conto com esse nome e enviei-o para a ‘Tribuna do Pará’. Creio que brevemente será publicado”.

Hoje, a sua história, tematizada no teatro, no cinema e na literatura, instiga a pensar sobre a intersecção entre os fatos da vida privada e da vida pública, no contexto da história nacional. A encenação da vida de Anayde Beiriz nos chama a atenção para as “dobras do lado de dentro” da história oficial, isto é, a dimensão do intimismo no contexto da experiência pública. Ficou conhecida como a “Paraíba masculina, mulher-macho sim senhor”.